MEDALHA
DE GUERRA
Instituída pelo Decreto nº
6.795, de 17 de agosto de 1944, regulamentado pelo Decreto nº 16.821, de
13 de outubro de 1944.
Finalidade: Premiar os oficiais da ativa,
da reserva e reformados, e civis que tenham prestado serviços relevantes de
qualquer natureza, referentes ao esforço de guerra, preparo de tropa, ou
desempenhado missões especiais confiadas pelo Governo, dentro ou fora do País. Também
foi outorgada a militares dos Exércitos das Nações Amigas ou Aliadas que
colaboraram no esforço de guerra nacional.
Características.
As medalhas de
serviço de guerra originais de época são sempre em bronze, com a fita costurada,
existindo um alfinete de boa qualidade na junção da costura.
Anverso. é uma cruz do templo
com um dístico central onde está estampado o Cruzeiro do Sul (das Armas
Nacionais). A cruz se acha sobreposta numa coroa de louro e de carvalho
(símbolo do valor militar e do valor cívico).
Reverso. Em alto-relevo, está
gravada a data de 22-VIII-1942, que é a data da Declaração de Guerra do Brasil;
Fita. De seda chamalotada, de
cor amarela, com bordadura de cor verde nas orlas.
Considerações. Há algumas
considerações importantes a serem mencionadas a respeito da Medalha de Guerra. Especialmente
quanto a datação de sua fabricação. Como esta medalha ainda é fabricada e os
exemplares antigos estão se tornando escassos de serem encontrados, o assunto
merece alguma atenção daqueles que se interessam pelo tema. É aceita, a
existência de três variações para essa mesma condecoração. O tipo três, ou a
variação mais recente dessa medalha, pode ser facilmente distinguido dos demais
porque tem uma cor menos viva, mais apagada, tanto no esmalte como na fita.
De
imediato o tipo três transmite a impressão de ter acabado de sair da fábrica.
Entretanto, deve ser considerado que há medalhas bem conservadas, mormente serem
de época, ainda assim transmite essa mesma impressão, de nova. Todavia ao
contrário do “tipo 3”, as cores do conjunto são vivas. Um traço distintivo da medalha
de reposição é quanto ao aspecto da alça que prende a argola à medalha ser
bastante exposta, ficando muito para fora do conjunto, fazendo as vezes da
contra argola. O reverso também revela que a alça metálica, do mesmo metal da
medalha, é mal acabada, o que não se verifica nas antigas, já que além do
acabamento primoroso estas terminam formando um “s” no metal. A argola da
medalha de reposição é de material mole e maleável, enquanto que nas originais
há robustez ao toque, típico de metal mais duro. Por fim, a fita da medalha de
reposição não passa no teste “u.v.” além de mais larga que a usada nas medalhas
antigas. Passa claramente a impressão de ser feita de tecido sintético. Finalmente,
as reposições usam o sistema de “dentes de foca” para a fixação na roupa do
agraciado, enquanto que as antigas, ou não tem nenhum sistema de fixação (comum)
ou usam alfinetes industriais, sem cabeça, costurados manualmente à fita.
De outra forma, as duas
primeiras variações, que podem ser classificadas como primeiro e segundo tipo,
apresentam algumas particularidades que as distingue entre si. A medalha
reconhecida como de primeiro tipo está a apresentar uma pátina avermelhada nas
coroas de louros e carvalhos. Debati-me muito quanto a isso, mas depois fui
forçado pela razão a concluir que se tratava de uma formação posterior e não um
esmalte dando esse acabamento avermelhado. Outro traço distintivo da medalha de
primeiro tipo é que o “s” da alça é curto e bem acabado, enquanto que a fita
tem textura espessa e mostra o cordão utilizado como alma na trama,
especialmente nos retornos de curso. De seu turno, a medalha reconhecida como
de segundo tipo apresenta “s” longo na alça e não está ainda a apresentar a pátina
avermelhada nas coroas de louros e carvalhos, enquanto que a fita não tem o característico
apontado. Os dois tipos aqui narrados são aceitos, para estudo, como medalhas
originais, apesar do primeiro tipo ser mais apreciado pelos colecionadores. Crê-se
também que o primeiro tipo tenha sido fabricado logo após a sua criação, mas em
quantidade insuficiente para atender a concessão para todas as personalidades
merecedoras de tal distinção. Desta forma, levando em conta o Decreto nº
26.094, de 29 de dezembro de 1948, da lavra do então Presidente da República
Eurico Gaspar Dutra, que abriu crédito especial de um milhão, cento e oitenta e
nove mil cruzeiros (Cr$1.189.000,00), para atender às despesas com a confecção
de medalhas de guerra e também da cruz de combate, conferidas a oficiais,
sargentos e civis, conclui-se que o segundo tipo dessa medalha, como das cruzes
de combate, sejam de fabricação imediata a essa data.
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