MEDALHA DA VITÓRIA NA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
Criada pelo Decreto nº 16.074,
de 23 de junho de 1923 a medalha Comemorativa interaliada, comumente conhecida
como Medalha da Vitória. Terão direito à medalha da Vitória, todos os militares
ou civis que tenham sido empregados em efetivo serviço de guerra pelo espaço mínimo
de três meses, segundo os seguintes critérios: os oficiais, suboficiais e
praças da Marinha Nacional, inclusive taifeiros e contratados, que serviram na
divisão naval em operações de guerra em qualquer tempo compreendido entre a
partida de suas unidades da ilha de Fernando de Noronha em 1º de agosto de 1918
e seu regresso á mesma ilha em 19 de maio de 1949; os oficiais e praças do Exército
Nacional que, sendo incorporados ao Exercito Francês, em virtude do art. 2º do Decreto
nº 3.427, de 27 de dezembro de 1917, com ele combateram; os oficiais da Marinha
que, nomeados pelos avisos do Ministério da Marinha números 140, 141, 142, 143
e 144, de 8 de janeiro de 1918, 386, 387, 388 e 389, de 22 de janeiro de 1918,
para praticarem ou estudarem aviação na Inglaterra, ali foram empregados efetivamente
em serviço de patrulhamento de costas; os oficiais da Marinha, nomeados pelos
avisos do Ministério da Marinha números 1.233, de 29 de março de 1917, 3.447,
de 18 de setembro de 1917 e 4.747, de 12 de dezembro de 1917, para servirem na
Marinha dos Estados Unidos da America do Norte, que, em navios de guerra desta
Nação, fizeram parte das forças norte-americanas em serviços de guerra; os
civis brasileiros que se alistaram e combateram em exércitos ou marinhas aliadas;
os adidos militares e navais brasileiros junto á Inglaterra, França, Itália e
Estados Unidos da America do Norte, que tenham servido nesses lugares, depois
de 26 de outubro de 1917 até a data do armistício; os membros das missões
militares organizadas pelos avisos números 4.680, de 7 de dezembro de 1917 e
4.735, de 11 de dezembro de 1917, do Ministério da Marinha e aviso numero 428,
de 18 de maio de 1917, do Ministério da Guerra, que tenham servido nessas comissões
em qualquer tempo, entre as datas da nomeação e do armistício; os membros
brasileiros da missão médica organizada pelo Decreto nº 13.092, de 10 de julho
de 1918, que tenham servido em hospitais destinados às vitimas da guerra ou em trabalhos
de administração a eles referentes, na França, ltália, lnglaterra e Bélgica; os
militares da Armada ou do Exercito Nacional que receberam a Cruz de Campanha de
1914 a 1919, a que se refere o decreto nº 15.600, de 11 de agosto de 1922, e os
que cooperaram em efetivo serviço de guerra.
Características. A medalha será
de bronze fosco, redonda, com 36mm de diâmetro e 0,04mm de espessura.
No Anverso. Contornada por duas
palmas, tendo ao centro a figura simbólica da Vitória, de pé e de frente, sobre
um fundo liso e sem qualquer inscrição ou data.
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anverso com barreta |
No
Reverso. Terá o escudo nacional, contornado pelos escudos das nações aliadas e
associadas, tudo circundado pela inscrição: GRANDE GUERRA PELA CIVILISAÇÃO.
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reverso com sua barreta
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A Fita.
É suspensa de uma fita, igual para todos os países aliados e associados, cujas
cores serão as de dois arco-íris justapostos pelo lado vermelho, com um fio
branco em cada bordo. A fita terá 36mm de largura e 40mm de comprimento. A Medalha
da Vitoria será usada no peito esquerdo, pelos militares, de acordo com o
respectivo regulamento de uniformes.
Curiosidade. Na verdade, para
sua criação foi considerada a proposta do Marechal Foch, para que todos os
combatentes da Grande Guerra recebessem a mesma medalha comemorativa, que usada
por eles, em toda parte do mundo, levaria a manutenção dos sentimentos de
eterna camaradagem sobre o campo de batalha e a força dos exércitos,
assegurando uma recordação, durante os tempos de paz, a grandeza das nações aliadas.
Assim, criou-se a “Medalha da Victoria”.
Importante expor que não tiveram direito à Medalha da Vitória, conquanto incluídos
nas listas daqueles que seriam merecedores, os desertores, os condenados e os
excluídos do exército e da Armada, por sentença ou medida disciplinar. Da
Medalha da Vitória temos visto réplicas sendo vendidas no mercado internacional, entretanto são cunhadas em metal de baixa
qualidade e com a fita de reposição. Temos informações de dois cunhos, um
fabricado na França e outro na Casa da Moeda.